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Sem descuidar da tradição, diretor-geral da EMAP mira a tecnologia para dar continuidade …

Diretor-geral da EMAP, Osvaldo Canela Junior assumiu a EMAP no início deste ano com a responsabilidade de manter a tradição da instituição – que completa 40 anos de bons serviços no ano de 2023. Agora, ele mira a utilização, em larga escala, de ferramentas tecnológicas. “ Na nossa gestão o objetivo é fazer justamente essa integração”, explicou o magistrado durante a entrevista concedida para a Amapar.

Sem descuidar da tradição, diretor-geral da EMAP mira a tecnologia para dar continuidade ao bom andamento da instituição

O magistrado destacou, também, cursos voltados à formação continuada dos magistrados e o diferencial da EMAP na preparação para o concurso de ingresso na carreira da magistratura. “O contato com o magistrado é muito importante para quem deseja ser magistrado”, disse. 

Confira os melhores momentos da conversa a seguir.

Como o senhor recebeu o convite para dirigir a EMAP, instituição que completa no próximo ano quatro décadas de fundação e de bons serviços prestados à magistratura e à comunidade jurídica paranaense ?

Osvaldo Canela Junior – Para mim foi uma surpresa, eu não esperava o convite, um convite que é irrecusável, eu fique muito feliz, pois é uma grande responsabilidade. Como você disse, é uma Escola com longeva tradição. Grandes nomes transitaram pela direção-geral e, claro, pesou a responsabilidade de seguir o bom trabalho por todos e tentarmos somar.

Agora, nesta gestão, como o senhor pretende aliar a tradição da EMAP com as ferramentas tecnológicas de ensino e de atualização ?

Osvaldo Canela Junior – A questão é muito boa. Considero indispensável unir a tradição com a tecnologia. A tradição é a base, são os ombros daqueles que nos antecederam e criaram grandes resultados e também a credibilidade. Mas, a realidade, hoje, das comunicações é a tecnologia e existem muitos instrumentos que podem ser utilizados para divulgação do conhecimento. Na nossa gestão o objetivo é fazer justamente essa integração. Vamos dar início a um podcast em vídeo e mais para frente em áudio. Esse podcast em vídeo sendo menos formal que uma palestra, por exemplo, mas uma conversa que traga conteúdo jurídico substancial com o entrevistado. A ideia, também, é que seja divulgado o trabalho dos magistrados nas áreas acadêmica e jurisdicional. Trabalhar bastante, também, com as redes sociais como o Instagram e Facebook além do nosso site, para realinhá-lo a essas tecnologias.

A escola tem um curso muito tradicional que é o curso de pós-graduação em Direito Aplicado. O senhor tem novidades para este curso ?

Osvaldo Canela Junior – Tenho grandes novidades. Esse curso é excelente. Muitos juízes que hoje integram não somente o TJPR, mas outros Tribunais, passaram pela Escola. Eu considero um privilégio passar pela EMAP e ter essa experiência, uma espécie de imersão na atividade jurisdicional e ao mesmo tempo se preparando para o concurso. Nós tivemos recentemente uma reunião do Conselho Técnico e pretendemos atualizar o curso com a divisão em módulos com algumas novidades que traremos mais para frente.

Na esfera relacionada ao magistrado, que é a premissa da Escola, o que o senhor pode trazer de novidades ?

Osvaldo Canela Junior – Eu fiz uma reunião recentemente com o desembargador Ramon de Medeiros Nogueira, que é o diretor-geral da EJUD. Estamos trabalhando com a montagem de convênios e cursos conjuntos. Isso é uma grande vantagem para os magistrados, pois vamos compartilhar. Vamos ter uma grade complementar. Nas temáticas que a EJUD desenvolver, vamos tentar desenvolver temáticas que possam atender aos interesses dos magistrados e das magistradas. A minha impressão é que teremos uma ampla abertura de cursos, com grandes possibilidades para a magistratura participar de cursos muito interessantes. É uma boa perspectiva. Se antes havia um grande número de cursos, isso vai ser multiplicado.

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A EMAP tem como característica investir na atividade prática dos cursistas. Para o senhor, de que forma a Escola agrega na preparação para o concurso de ingresso na carreira da magistratura ?

Osvaldo Canela Junior – Muitas vezes o aluno não tem o contato prático para entender, realmente, o que é processo. Se você fala, por exemplo, de litisconsórcio, você começa a refletir aquilo de forma muito abstrata. Na, digamos, clínica judicial, que é o nosso grande diferencial, permitimos a imersão dos alunos, ao trabalharem conjuntamente com magistrados, fazendo aulas práticas e análise de processos. Essa imersão prática vem e o todo o conhecimento jurídico se assenta e ganha uma grande profundidade, até para memorização e entendimento completo de termos que, muitas vezes, são abstratos. E, além disso, esse contato com o magistrado é muito importante para quem pretende ser magistrado. Entender a lógica, os princípios éticos, a metodologia utilizada no trabalho dos magistrados e magistradas. Enfim, toda essa imersão na comunidade jurisdicional é muito importante para quem pretende ser juiz.

Dr. Osvaldo, vamos falar um pouco da sua trajetória. Como o senhor despertou o interesse pela área jurídica ?

Osvaldo Canela Junior – Ninguém da minha família exerceu ou exerce a magistratura. Sou oriundo de Santo André (SP) e ouvindo as histórias de magistrados, eu comecei a verificar que aquilo fazia parte de mim. Então, optei por prestar vestibular na USP, fiz Direito no Largo de São Francisco e desde o primeiro dia eu já pensei em ser juiz estadual. Assim que me formei, passei no concurso para o Ministério Público de São Paulo e, logo em seguida, no concurso para magistratura do Paraná. E como eu queria ser magistrado, vim para o Paraná e me apaixonei pelo Estado. Integrei-me muito bem à magistratura paranaense e de lá pra cá passei, como juiz substituto, por Apucarana e Jaguariaíva foi minha comarca de entrância inicial. Depois, a comarca Paranavaí foi a comarca de entrância intermediária. Vim para Curitiba como juiz de Direito Substituto, passei por São José dos Pinhais, depois fui para a vara especializada de crimes contra crianças e adolescentes e idosos e, atualmente, estou na 24a vara cível do foro central.

Por fim, dr. Osvaldo, gostaria de acrescentar alguma questão referente aos planos para a gestão ?

Osvaldo Canela Junior – A Escola tem tido administrações exitosas constantes. O que procuramos, agora, é seguir o exemplo dos que nos antecederam. Em especial, queremos continuar a desenvolver o trabalho de integração tecnológica, queremos reforçar a capacitação do magistrado em alguns temas muito peculiares, como teoria da linguagem, neurociência e direito, tratamento adequado ao conflito e direito digital. São questões muito atuais que queremos compartilhar com o magistrado e na atualização do curso preparatório, além de outros cursos voltados ao público externo.

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Escola da Magistratura do Paraná
29/03/2022

 

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